Carreira em M&A: por onde começar na advocacia empresarial
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Carreira em M&A: por onde começar na advocacia empresarial

24 jun 2025
Última atualização: 25 junho 2025
EBRADI
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6 min
Carreira em M&A: por onde começar na advocacia empresarial

O setor de M&A (Mergers and Acquisitions) tem se consolidado como uma das frentes mais relevantes dentro do Direito Empresarial. Transações de fusão e aquisição movimentam não apenas cifras bilionárias, mas também uma estrutura jurídica sofisticada, que exige domínio técnico, estratégia e conhecimento prático das cláusulas contratuais envolvidas.

Advogados que buscam novos caminhos profissionais ou que desejam migrar da atuação contenciosa para a consultiva encontram em M&A um campo fértil para desenvolvimento. No entanto, o ingresso nessa área exige preparação. Neste conteúdo, abordamos o que significa atuar com M&A na advocacia, quais habilidades são necessárias, onde estão as oportunidades e como começar de forma sólida.

1. O que é M&A e por que essa área cresce entre os juristas

M&A refere-se ao processo de fusão, incorporação ou aquisição de empresas, seja por estratégias de expansão, entrada em novos mercados, ganho de sinergia ou consolidação setorial. Trata-se de uma operação comum no ambiente empresarial e, frequentemente, atravessa setores estratégicos como tecnologia, energia, educação, saúde, finanças e varejo.

Do ponto de vista jurídico, essas transações demandam acompanhamento desde a fase inicial de due diligence, passando pela estruturação societária e contratual, até a resolução de eventuais disputas pós-fechamento. A atuação do advogado é central para garantir segurança jurídica às partes, equilibrar riscos e assegurar o cumprimento de obrigações.

Com a elevação do número de operações no Brasil — especialmente em startups, fundos de investimento e setores regulados — cresce também a demanda por advogados especializados em contratos de M&A.

2. A atuação jurídica em M&A: muito além da elaboração de contratos

O papel do advogado em operações de M&A vai além da simples redação contratual. Envolve:

  • Análise de riscos legais e societários;
  • Revisão e interpretação de documentos financeiros e regulatórios;
  • Estruturação de garantias contratuais e condições de pagamento;
  • Condução de negociações entre as partes;
  • Prevenção e gestão de conflitos contratuais;
  • Participação em arbitragens e mediações.

O conhecimento técnico é fundamental, mas a atuação prática exige habilidades estratégicas de negociação, leitura de cenários e tomada de decisão sob pressão. O jurista que domina esses elementos torna-se uma peça-chave no fechamento de transações relevantes.

3. Domínio contratual: onde nascem as disputas em M&A

Boa parte das disputas envolvendo M&A surgem a partir da má redação ou da interpretação ambígua de cláusulas contratuais. Entre as mais sensíveis estão:

  • Price Adjustment: ajustes de preço com base em métricas pós-fechamento;
  • Earn-outs: pagamentos condicionados ao desempenho futuro da empresa adquirida;
  • Representations and Warranties: garantias fornecidas pelas partes sobre informações prestadas;
  • Indemnities: cláusulas que tratam de indenizações por violações contratuais;
  • Non-compete: limites à atuação das partes em mercados concorrentes após a operação.

É comum que essas cláusulas sejam objeto de litígios em arbitragens, especialmente quando envolvem valores expressivos, obrigações de performance ou aspectos regulatórios específicos. Por isso, dominar tecnicamente cada um desses pontos é essencial para evitar conflitos e garantir segurança jurídica.

4. Quais áreas do Direito se relacionam com M&A

M&A é uma área interdisciplinar, que exige do advogado uma visão integrada de diferentes ramos do Direito:

  • Direito Societário: reorganizações, alterações contratuais, estrutura de holdings;
  • Direito Contratual: elaboração, revisão e negociação de contratos complexos;
  • Direito Tributário: impactos fiscais da operação e análise de passivos;
  • Direito Regulatório: cumprimento de normas setoriais, especialmente em setores como energia, saúde e telecom;
  • Direito Arbitral: resolução de disputas decorrentes do contrato.

Esse perfil multidisciplinar faz com que o advogado de M&A tenha papel estratégico dentro dos escritórios e departamentos jurídicos, funcionando como ponte entre as áreas jurídica, financeira e de negócios.

5. Perfil profissional: competências para atuar com M&A

Para advogados que desejam ingressar nessa área, o desenvolvimento de certas competências é determinante:

  • Capacidade de análise de riscos e estrutura contratual;
  • Leitura fluente de documentos empresariais e financeiros;
  • Comunicação técnica e objetiva para negociações;
  • Senso estratégico e organização;
  • Familiaridade com práticas de due diligence.

Além do conhecimento jurídico, é importante entender a lógica empresarial por trás de cada operação. Saber interpretar o objetivo econômico da transação ajuda o profissional a propor cláusulas mais eficazes e prevenir futuras disputas.

6. Como começar a atuar com M&A na prática

Muitos advogados iniciam sua trajetória em M&A a partir de áreas correlatas, como o Direito Societário, Contratual ou Tributário. Outro caminho comum é a transição de carreiras contenciosas para consultivas, especialmente entre profissionais que desejam trabalhar com empresas.

Para dar os primeiros passos, é recomendável buscar formações práticas e específicas que aprofundem o entendimento sobre as cláusulas contratuais, os bastidores das negociações e os principais conflitos que surgem nas operações.

7. Uma formação introdutória com foco prático: curso da EBRADI

Uma das opções para quem deseja começar com segurança é o curso livre “Disputa nos Contratos de M&A e os Bastidores Secretos”, oferecido pela EBRADI. O conteúdo é focado justamente na estrutura jurídica dos contratos de M&A e nos principais conflitos que podem surgir entre as partes.

O curso tem formato 100% online, carga horária de 6h e é ministrado pelo professor Daniel Kalansky, advogado e árbitro com ampla experiência na área.

Entre os temas abordados estão:

  • Cláusulas de price adjustment, earn-out e indenização;
  • Estratégias de negociação jurídica;
  • Gestão e prevenção de disputas contratuais.

A formação é indicada para advogados, consultores jurídicos, profissionais de arbitragem e estudantes que desejam ingressar no setor empresarial com mais preparo técnico.

Mais informações estão disponíveis no site da EBRADI: Disputa nos Contratos de M&A e os Bastidores Secretos

O que esperar da carreira em M&A?

Ingressar na advocacia empresarial por meio do M&A é uma escolha estratégica para quem busca atuação em ambientes de negócios, com impacto direto nas decisões das empresas. A área exige preparo técnico, atualização constante e um olhar prático para os desdobramentos contratuais.

Ao dominar as cláusulas mais relevantes, compreender os interesses das partes e antecipar riscos jurídicos, o advogado passa a ser não apenas um executor de documentos, mas um consultor indispensável no processo de tomada de decisão.

Para quem busca crescimento, valorização profissional e participação em transações relevantes, M&A é um caminho promissor — e começar pelos fundamentos contratuais é o passo mais sólido para se posicionar no mercado.

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1. EBRADI é online?

A Escola Brasileira de Direito é 100% online. Todos os seus cursos são oferecidos na modalidade a distância. Para alunos de pós-graduação, inclusive, a avaliação é feita por meio de ferramenta online com reconhecimento facial para garantir a segurança e autenticidade.

2 Quando iniciam as aulas?

As aulas têm início imediato, após confirmação de pagamento. Exceto para cursos em pré-lançamento – neste caso consulte a data informada no site.

3. Qual a validade do diploma digital?

A assinatura digital é um conjunto de dados criptográficos incorporados a um documento. Por essa razão, precisa de estar no ambiente digital, uma vez que há necessidade de softwares e sistemas específicos ler e compreender estes dados criptografados. O papel não é capaz de guardar a criptografia que garante a autenticidade da certificação digital. O Diploma Digital é um XML com assinatura digital e carimbo de tempo ICP-Brasil. Ao imprimir, estes dispositivos deixam de existir e passam ser apenas uma cópia não assinada e sem validade jurídica. O MEC, preocupado com toda essa questão, elucidou esse problema ao permitir que os alunos tenham uma cópia impressa com as mesmas características do diploma físico, o que denominamos Representação Visual Diploma Digital – RVDD. Esta RVDD, terá as mesmas características do diploma físico que você conhece e que sua instituição adota. A diferença é que esta representação visual terá dois mecanismos para fazer essa ligação do mundo real para o virtup al. A RVDD apesar de não ser o diploma, ela é a interface para remeter, com auxílio do QR Code por exemplo, para onde estará o seu Diploma Digital dentro desse universo eletrônico, de forma rápida, prática e segura. Somente de posse do seu QR Code ou do código de validação do seu diploma será possível ter acesso ao seu XML do Diploma Digital.

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