Manipulação Midiática: O poder em mãos irresponsáveis

Conforme a contemporaneidade vem se aprimorando levando a sociedade se adaptar as novas tecnologias, urge a necessidade do reconhecimento imersivo sobre questões ligadas à propagação das informações em seu âmbito geral, para que não afete antagonicamente o sistema jurídico. Heráclito de Efésio, já enfatizava a ideia de que a mudança é uma característica intrínseca da realidade, fixando o entendimento que “A única constante é a mudança”, panta rhei. Atualmente, discutir a repressão, limitação ou controle da mídia sem afetar preceitos democráticos é um desafio. Tais medidas, quando aplicadas em contextos sociais amplos, são vistas como ações autoritárias e criticadas como concepções totalitárias, até mesmo ditatoriais. Por exemplo: a Coreia do Norte onde o governo controla rigidamente o fluxo de informações, restringindo a liberdade e mantendo o controle social pela privação de conhecimento e manipulação da verdade. Neste sentido, a manipulação midiática possibilita criação de ideologias inidôneas, revestidas de desinformação, podendo afetar diretamente a hermenêutica jurídica.
Decerto também que, a funcionalidade das mídias sociais na comunicação é inegável. Notoriamente, Niklas Luhmann contribuiu dizendo que “aquilo que sabemos sobre nossa sociedade, ou mesmo sobre o mundo no qual vivemos, o sabemos pelos meios de comunicação”². Dessarte, o poder não está apenas em quem detém o conhecimento, mas também em quem controla as mídias sociais Abordar quais empecilhos hermenêuticos e os impactos na estabilidade e segurança jurídica possam ser causados pela disseminação acelerada e muitas vezes desinformada de opiniões nas plataformas digitais é crucial. É imprescindível que o aprofundamento hermenêutico doutrinário seja valorizado e praticado para garantir decisões jurídicas fundamentadas, rigorosas e justas, protegendo-as contra os efeitos negativos da desinformação digital. Por fim, no contexto contemporâneo, é fundamental verificar a veracidade das informações diante do amplo acesso midiático. Embora a mídia não seja capaz de “criar verdades”, ela molda discussões sensacionalistas no cotidiano social. Como conclui Fausto Santos Moraes, “se a informação não for verdade no mundo da vida, a verdade da mídia se torna a verdade na sociedade civil.”
Artigo escrito por Nicolas Natan Moreira da Costa – Aluno EBRADI Experience