Legal Design Thinking: como aplicar inovação e tecnologia à prática jurídica
Você também pode se interessar:

Legal Design Thinking: como aplicar inovação e tecnologia à prática jurídica

04 set 2025
Última atualização: 05 setembro 2025
EBRADI
EBRADI
5 min
Legal Design Thinking: como aplicar inovação e tecnologia à prática jurídica

O Direito sempre foi marcado pela tradição, pela formalidade e pela linguagem técnica. Porém, a sociedade mudou, os clientes se tornaram mais exigentes e o acesso à informação passou a exigir uma comunicação mais clara, objetiva e acessível. É nesse contexto que surge o Legal Design Thinking, uma metodologia que une inovação, tecnologia e foco no usuário para transformar a forma como os serviços jurídicos são prestados.

O que é Legal Design Thinking?

O Legal Design Thinking é a aplicação da metodologia do Design Thinking ao campo jurídico. Originada no design, essa abordagem busca compreender profundamente as necessidades do usuário para desenvolver soluções criativas e funcionais.

No Direito, significa repensar documentos, contratos, petições, fluxos de trabalho e até mesmo o atendimento ao cliente, sempre com foco na clareza, na experiência do usuário e na eficiência.

Mais do que uma tendência, o Legal Design Thinking é uma resposta prática ao desafio de tornar o Direito mais acessível e compreensível para todos.

Por que aplicar Legal Design no Direito?

A aplicação dessa metodologia traz diversos benefícios para advogados, escritórios e departamentos jurídicos. Entre os principais estão:

  • Clareza na comunicação: documentos mais simples e fáceis de entender para clientes e partes envolvidas.
  • Melhoria da experiência do cliente: maior transparência no relacionamento e maior satisfação.
  • Eficiência operacional: processos mais ágeis e organizados.
    Inovação na prática jurídica: diferenciação competitiva no mercado.
    Redução de conflitos: contratos e documentos claros diminuem ambiguidades e litígios.

Adotar o Legal Design é, portanto, investir em modernização e em melhores resultados.

Diferenças entre Legal Design Thinking e Visual Law

Embora muitas vezes sejam mencionados juntos, Legal Design Thinking e Visual Law não são sinônimos.

  • Legal Design Thinking é a metodologia ampla que orienta a criação de soluções jurídicas centradas no usuário.
  • Visual Law é uma ferramenta dentro dessa metodologia, que utiliza recursos visuais (infográficos, ícones, fluxogramas e layouts visuais) para tornar a informação jurídica mais clara.

Em outras palavras, todo Visual Law pode ser parte de um projeto de Legal Design, mas o Legal Design Thinking vai além do visual, incluindo a revisão de processos, da linguagem e da forma de entrega do serviço jurídico.

Etapas do Legal Design Thinking aplicado ao Direito

A metodologia segue algumas fases principais, adaptadas do Design Thinking para o contexto jurídico:

  1. Imersão: compreender a fundo o problema jurídico e as necessidades do cliente. Exemplo: entender por que clientes têm dificuldade em compreender cláusulas contratuais.
  2. Ideação: geração de ideias e soluções possíveis para o problema identificado. Exemplo: pensar em modelos contratuais mais visuais e com linguagem simplificada.
  3. Prototipagem: criar versões iniciais da solução para testar. Exemplo: elaborar um contrato piloto com ícones explicativos e resumos em linguagem simples.
  4. Testes e ajustes: validar a solução com usuários reais e realizar melhorias. Exemplo: apresentar o contrato a clientes e ajustar pontos de confusão identificados.

Essa abordagem prática permite que o serviço jurídico seja constantemente aperfeiçoado, sempre alinhado às necessidades de quem o utiliza.

Exemplos de uso do Legal Design em documentos e contratos

O Legal Design Thinking já está sendo aplicado em diferentes frentes do setor jurídico. Alguns exemplos incluem:

  • Contratos empresariais com resumos executivos em linguagem simples, facilitando a compreensão por gestores e parceiros comerciais.
  • Petições iniciais com quadros e fluxogramas que apresentam de forma clara a linha de raciocínio do advogado.
  • Guias de compliance com infográficos para explicar regras de conduta a funcionários de empresas.
  • Documentos de mediação que utilizam recursos visuais e linguagem acessível, reduzindo tensões entre as partes.

Esses exemplos demonstram como a inovação pode transformar o cotidiano jurídico e aproximar o Direito das pessoas.

Legal Design em escritórios e departamentos jurídicos

A implementação dessa metodologia em escritórios e departamentos exige uma mudança de mentalidade. Não basta apenas aplicar elementos visuais; é necessário:

  • Adotar uma postura centrada no cliente.
  • Trabalhar em equipes multidisciplinares, incluindo designers, comunicadores e profissionais de tecnologia.
  • Revisar processos internos para garantir clareza, eficiência e praticidade.
  • Promover uma cultura de inovação e melhoria contínua.

Escritórios que incorporam o Legal Design Thinking se diferenciam no mercado, oferecendo uma advocacia mais moderna e estratégica.

A relação entre Legal Design, Direito e tecnologia

O Legal Design Thinking não pode ser visto isoladamente. Ele se conecta diretamente com o avanço da tecnologia no Direito. Ferramentas digitais potencializam a aplicação dessa metodologia, permitindo:

  • Criação de contratos digitais com recursos interativos.
  • Utilização de softwares de design para desenvolver peças visuais.
  • Integração com sistemas de gestão de documentos e prazos.
  • Aplicação de inteligência artificial para organizar informações jurídicas.

Essa intersecção entre Direito, design e tecnologia representa o futuro da advocacia, unindo clareza, eficiência e inovação.

Capacitação em Legal Design: por onde começar

Para advogados e estudantes que desejam adotar essa metodologia, a capacitação é essencial. Existem cursos e formações específicas que apresentam não apenas a teoria, mas também a aplicação prática do Legal Design Thinking.

Na EBRADI, é possível encontrar programas de formação voltados para inovação jurídica, como cursos em Direito Digital e Proteção de Dados, Business Law e outras especializações que dialogam diretamente com tecnologia e novas metodologias.

Esses cursos ajudam a desenvolver uma mentalidade inovadora e oferecem ferramentas práticas para aplicar o Legal Design em documentos, contratos e na gestão de escritórios.

Legal Design Thinking como diferencial na carreira jurídica

O mercado jurídico exige cada vez mais profissionais que consigam unir conhecimento técnico com habilidades de inovação. O Legal Design Thinking surge como um diferencial competitivo, capaz de transformar a prática jurídica e torná-la mais acessível e eficiente.

Os advogados e gestores que investem nessa abordagem conseguem oferecer soluções personalizadas, fortalecer a relação com clientes e se destacar em um mercado cada vez mais orientado por tecnologia e experiência do usuário.

Invista na sua evolução profissional. Conheça os cursos da EBRADI e prepare-se para aplicar inovação, tecnologia e Legal Design Thinking na sua prática jurídica.

Tem alguma dúvida? A gente responde

Ir para FAQ

1. EBRADI é online?

A Escola Brasileira de Direito é 100% online. Todos os seus cursos são oferecidos na modalidade a distância. Para alunos de pós-graduação, inclusive, a avaliação é feita por meio de ferramenta online com reconhecimento facial para garantir a segurança e autenticidade.

2 Quando iniciam as aulas?

As aulas têm início imediato, após confirmação de pagamento. Exceto para cursos em pré-lançamento – neste caso consulte a data informada no site.

3. Qual a validade do diploma digital?

A assinatura digital é um conjunto de dados criptográficos incorporados a um documento. Por essa razão, precisa de estar no ambiente digital, uma vez que há necessidade de softwares e sistemas específicos ler e compreender estes dados criptografados. O papel não é capaz de guardar a criptografia que garante a autenticidade da certificação digital. O Diploma Digital é um XML com assinatura digital e carimbo de tempo ICP-Brasil. Ao imprimir, estes dispositivos deixam de existir e passam ser apenas uma cópia não assinada e sem validade jurídica. O MEC, preocupado com toda essa questão, elucidou esse problema ao permitir que os alunos tenham uma cópia impressa com as mesmas características do diploma físico, o que denominamos Representação Visual Diploma Digital – RVDD. Esta RVDD, terá as mesmas características do diploma físico que você conhece e que sua instituição adota. A diferença é que esta representação visual terá dois mecanismos para fazer essa ligação do mundo real para o virtup al. A RVDD apesar de não ser o diploma, ela é a interface para remeter, com auxílio do QR Code por exemplo, para onde estará o seu Diploma Digital dentro desse universo eletrônico, de forma rápida, prática e segura. Somente de posse do seu QR Code ou do código de validação do seu diploma será possível ter acesso ao seu XML do Diploma Digital.

Entre em contato

Cadastrado com sucesso!
Tente novamente mais tarde.